‎Histórico do RBR

Herbários são coleções biológicas que servem de testemunho da biodiversidade vegetal, com um patrimônio único, insubstituível e de importância testemunhal e histórica. Os exemplares, compreendendo espécimes de vegetais desidratados afixados em cartolinas, são documentos fundamentais para a pesquisa, educação e conservação da biodiversidade.

No início do século XIX, a chegada da Corte da Família Real Portuguesa à cidade do Rio de Janeiro contribuiu para o surgimento dos primeiros herbários brasileiros, como o Herbário do Museu Nacional do Rio de Janeiro (R), fundado em 1831 e o Herbário Dimitri Sucre, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), fundado em 1890.

O Herbário do Departamento de Botânica da UFRRJ, reconhecido internacionalmente pela sigla RBR, foi fundado em 1916, quando na época funcionava como um setor da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (ESAMEV), atual Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

O acervo do RBR está registrado no índice mundial de herbários (Index Herbariorum), na Rede Brasileira de Herbários (Sociedade Botânica do Brasil) e no Núcleo de Articulação de Acervos e Coleções (NAAC /PROEXT/ UFRRJ). Além disso, o RBR está vinculado a importantes projetos de informatização e disponibilização dos dados em rede mundial, para acesso de todos os usuários, tais como, o Herbário Virtual REFLORA e o INCT – Herbário Virtual da Flora e dos Fungos. Atualmente, o RBR possui cerca de 50 mil amostras, das quais 212 representam tipos nomenclaturais, incluindo aquelas coletadas por naturalistas viajantes que aqui estiveram no século XIX, como Arsène Puttemans (1873-1937).

Com o armazenamento dos dados das coleções botânicas em meio digital e uso de tecnologias virtuais para desenvolvimento de atividades científicas, o Herbário RBR participa ativamente, junto com outras instituições nacionais e internacionais, disponibilizando o acesso as bases de dados em rede.

Associado à inserção dos dados digitais, incluindo a fotografia digital, etapas anteriores ao processo de digitalização se fazem necessárias, como por exemplo: a prensagem, a secagem, a montagem e o registro do espécime na base de dados, com o preparo de etiqueta de identificação da amostra.

Das cerca de 50 mil amostras depositadas no acervo do Herbário RBR, aproximadamente 29 mil estão inseridas em plataformas digitais (REFLORA, JABOT e INCT), representando cerca de 58 % do total de amostras. Destas, 10 mil possuem imagens digitais, representando 20% do total.

O Herbário RBR possui um comitê gestor composto pelo Curador, Vice Curador e um docente do quadro permanente do Departamento de Botânica, indicado pelo Conselho do Departamento de Botânica (ICBS/UFRRJ), que é responsável por apresentar publicamente, em formato online, critérios para o acesso, agenda e uso das instalações.

Postado em 14/02/2023 - 14:19

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