• MÍDIAS SOCIAIS E TECNOLOGIAS PARTICIPATIVAS: ESTRATÉGIAS INOVADORAS NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA INFANTOJUVENIL (2025 – atual)

A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema de saúde pública no Brasil, manifestando-se em ambientes familiares, escolares e, atualmente, no ambiente digital. Dados do mapa da violência são alarmantes e revelam registros de violências em escolas públicas e o lar como sendo o principal local das agressões. Um dado importante foi o cyberbullying afetando um em cada três jovens. As consequências da violência ao longo do desenvolvimento são devastadoras: desde impactos neurobiológicos – como redução do hipocampo-, até prejuízos cognitivos e emocionais duradouros. Diante desse cenário, as mídias sociais e tecnologias sociais participativas emergem como ferramentas estratégicas para prevenção. Plataformas digitais, como as mantidas pelo LEVICA/UFRRJ (Instagram @levica.ufrrj e YouTube), têm demonstrado eficácia na divulgação científica e mobilização social, aliando rigor acadêmico à linguagem acessível para o combate da violência, auxiliando a comunidade externa e a sociedade geral na ampliação de conhecimentos sobre os temas para auxiliar a tomada de decisão frente a casos de violência, autoproteção. Levando isso em conta, esse projeto visa à criação e desenvolvimento de tecnologias sociais como instrumento de transformação social que atuará na orientação a respeito da proteção e violência infantojuvenil, com vistas a suprir uma demanda social premente no Brasil. Espera-se com esse projeto que o letramento midiático, por meio da criação das tecnologias sociais, estimule e incentive o pensamento crítico, acessível, e tenha potencial de multiplicação de informações e produção de novos conhecimentos na área da proteção infantojuvenil.

• MUTISMO SELETIVO: UM ESTUDO DE CRIAÇÃO E APLICAÇÃO DE TÉCNICAS PARA INTERVENÇÃO COM CUIDADORES, CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2024 – atual)

Esse projeto visa o aprimoramento de técnicas com a utilização de desenvolvimento de tecnologia social para psicoeducar crianças e adolescentes a respeito do transtorno denominado Mutismo Seletivo (MS). O MS é um transtorno de ansiedade infantil caracterizado pela ausência da fala em situações sociais nas quais se espera a verbalização da criança ou do adolescente. Quando não tratado, pode evoluir e se tornar uma fobia social grave, afetando a saúde mental e influenciando de forma negativa o curso do desenvolvimento e a qualidade de vida desses sujeitos. A Organização Mundial de Saúde publicou que distúrbios de ansiedade afetam em torno de 1 a 3% da população entre 0 e 17 anos, o que equivale a 8 milhões de crianças e adolescentes no mundo. Embora a prevalência do MS esteja estimada em menos de 1% da população, observa-se, por meio de pesquisas e evidências clínicas, que sua prevalência e incidência têm aumentado em todo o mundo, principalmente no Brasil. Dessa forma, aprimorar formas de intervenção e trabalhar com prevenção pode aumentar a qualidade de vida e bem-estar de crianças e adolescentes com o transtorno. Para isso, a psicoeducação, como metodologia ou técnica de trabalho, apresenta-se como um importante e imprescindível instrumento, que visa orientar pessoas e comunidades sobre o funcionamento do MS, facilitando processos de mudança nos pais e nos filhos e evitando a manutenção do comportamento mudo e a inibição comportamental que reforçam o transtorno.