O processo de institucionalização da infância preta em casas de acolhimento
- Luana Luiza Galoni | UNIVERDIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
- Karoline Arcanjo | UNIVERDIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/MESTRANDA
- Grazielly Ribas | UNIVERDIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/MESTRANDA
- Ana Cláudia Peixoto | UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/PROFESSORA
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v13i2.3062
Resumo
Neste artigo são discutidos os conceitos de território, territorialidade, raça e institucionalização, problematizando as relações que podem guardar entre si. Para tanto, parte-se do histórico do acolhimento institucional e seus atravessamentos com a raça negra, desde o Brasil colônia até aos dias atuais. Mostra-se como as casas de acolhimento têm se configurado como um território definido e delimitado por e a partir das relações de poder, gerando subjetividades e impregnando imaginário social até os dias atuais. Critica-se os mecanismos sociais que perpetuam as desigualdades sociais, apontando a negligência como uma forma concreta a prática de criminalização da pobreza. Expõe-se como as políticas públicas para a proteção de crianças e adolescentes precisam estar alinhadas com as questões raciais e socais, uma vez que preconiza-se o território como importante para a promoção das identidades, e essas são importantes para o desenvolvimento de subjetividade que combate a segregação racial e o racismo.
