Por Giovana Barbieri Marostegan e
Matheus Machado de Freitas Pereira
A RAID | RAIDTEC (Reunião Anual de Iniciação Científica e Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) reuniu 724 trabalhos de pesquisa entre os campus de Seropédica, Nova Iguaçu e Três Rios durante a última semana. As produções foram divididas em duas categorias de apresentação: pôster, com material impresso, e apresentação oral, com material de suporte digital (slides). A presença de pesquisadores e orientadores das mais diversas áreas do conhecimento neste espaço traz à luz o debate sobre a importância dos projetos de iniciação científica na Universidade.
O incentivo à pesquisa na UFRRJ garante a oportunidade de projetos inovadores nascerem, contribuindo para a disseminação de conhecimento a nível nacional e internacional. Voluntários e bolsistas encontram nas pesquisas possibilidades de aprofundamento em temáticas que envolvem suas graduações, práticas de campo que não seriam proporcionadas ao longo do curso, publicação de artigos científicos e a chance de um futuro na pós-graduação.
“Esse é o primeiro contato dos alunos frente ao meio acadêmico da Rural, é a porta de entrada, e, de uma certa forma, isso instiga estes alunos para os programas de pós-graduação da Instituição”, a aluna graduanda de química da UFRRJ, Layla Dorbação, conta que foi bolsista de pesquisa por dois anos, e que o meio acadêmico sempre foi um sonho em sua vida. Ela ressalta como os projetos de Iniciação Científica auxiliam os alunos a aprenderem maneiras de fazer pesquisa e desenvolverem autonomia dentro dessa área.
Mesmo com tantos cortes orçamentários durante os últimos governos, a educação superior continua investindo em pesquisa. Em 2024, a UFRRJ tem 281 grupos de pesquisa, 376 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), 25 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), 12 bolsas PIBIC do Ensino Médio e 135 projetos do Programa de Iniciação Científica Voluntária (PICV), este último sendo trabalho voluntário realizado pelos estudantes, como uma forma de inserção no meio científico.
“A bolsa também é uma motivação para estarmos nesses espaços, participar desses eventos. Fiquei super animada para participar da RAIC, e acho que não teria a oportunidade de estar lá se não fosse pela bolsa. Então, além de ajudar com as nossas despesas, acredito que motiva muito os alunos”, disse Júlia Andrea, estudante de Zootecnia e bolsista PDAI da Fazenda da Rural, no setor da Suinocultura desde 2023. Ela relata a importância que a bolsa de apoio técnico tem em sua vida acadêmica, e ainda destaca que, caso não estivesse envolvida com as pesquisas da suinocultura, muitas coisas que aprendeu dentro de sala de aula ficariam apenas na teoria.
Nesse cenário, a RAIC | RAIDTEC também cumpre um papel de destaque dentro da Iniciação Científica da Universidade, uma vez que permite a exposição das pesquisas desenvolvidas durante o ano todo como uma ação aberta ao público geral. “Quando o aluno chega nessa fase da entrega do produto final, é como se fosse a cereja de um bolo. É o momento de expor aquele conhecimento que ele adquiriu para a sociedade e trocar conhecimentos com outros pesquisadores”, afirma Cláudio Melibeu Bentes, coordenador adjunto do evento e docente da UFRRJ. Ele enfatiza também a importância das redes de contato, ou networking, construídas dentro desses espaços.
A premiação da RAIC | RAIDTEC aconteceu na tarde desta sexta-feira (11/10), no prédio central da Universidade. O Auditório Hilton Sales ficou pequeno para a quantidade de pesquisadores e orientadores que aguardavam ansiosos para saber se estariam entre os títulos de melhores trabalhos.
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