Essa frase sintetiza a conclamação feita por Frederico Duvanel, artesão e que se define como “descobridor” do movimento rastafari. Para Frederico, a pessoa não se converte mas se descobre (externamente e, sobretudo, internamente) como um “rasta”. A temática foi trabalhada pela Liga Acadêmica de Cannabis Medicinal (LACAM) no último dia 29/08 na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro com a presença do artista para explicar sobre o movimento no Brasil.
Era cerca de 17 horas, na praça da alegria, e integrantes da LACAM hastearam a bandeira verde com o símbolo e escrito da liga. Frederico, com o livro: “RASTAFARI: Cura para as nações – uma perspectiva brasileira”, de André Duarte, em punhos e revisando seu bloco de notas, se preparava para a sacra reunião. Nos olfatos de todos já se sentia o aroma da cannabis nas cercanias da localidade. Se aglutinou um grupo de pessoas em círculo em torno dos atores principais.
Alan Afonso, militante em prol da difusão do uso terapêutico da erva, foi o primeiro orador. Abriu a cerimônia ao lado da bandeira situando o ouvinte no tema e apresentando o convidado.
A entrada de Frederico se deu através da saudação: Haile Sellassie, Jah, RASTAFARL! Ela é universal e invoca a presença de Selassie (Jah), o último imperador da Etiópia.
Ele começa discorrendo sobre o cenário histórico e mundial. Apresentando as personalidade mais importantes e suas influências culturais e práticas para as comunidades. Alerta para a ancestralidade afro e pan-africanista, ou seja, como Marcus Garvey e outros, pregavam o cuidado ao continente materno.
No Brasil, para o convidado, o maior vetor de difusão do movimento foi a música: “O Reggae foi fundamental para a difusão do rastafari pelo mundo”. Principalmente por causa do músico e ativista pacifista, Robert Nesta Marley (Bob Marley), que herdou o anel de Haile, um descendente direto do Rei Salomão, e usava a música como um veículo para as mensagens.
Fred esclareceu ao público alguns aspectos prosaicos do movimento como seus costumes alimentares, estilísticos e, sobretudo: os pensamentos, comportamentos e afetos. A Ganjah é apregoada como um alimento da alma, uma planta sagrada e ritualística; não uma droga como a Babilônia (forma que os rastas chamam as sociedades patrimonialistas e lucrativas) induziu no inconsciente coletivo.
Em síntese, eles pregam o “individual coletivo”: Somos únicos, porém todos conectados em torno de algo unitário. Não é “eu e os outros”, mas sim: “EU E EU”. Todos somos nós!
HAILE SELASSIE, JAH, RASTAFARL!
Por Weverton Carlos (reportagem) e Gabriel Reis (fotografia).
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