O descaso com o Arco Metropolitano: Mudança de administração

Em 2018, o governo do estado do Rio de Janeiro cedeu a gestão da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães (BR-493) para o Governo Federal

Antes da mudança de gestão do Arco Metropolitano, a PM era responsável pelo policiamento na Rodovia (Reprodução/PMERJ)

O Governo do Estado do Rio de Janeiro deixou, em 2018, a administração da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, mais conhecida como Arco Metropolitano. Desde então, a via expressa tem estado sob supervisão da União, que planeja abrir uma licitação para que um consócio privado assuma.
A inauguração do Arco Metropolitano, há cinco anos, não trouxe o retorno econômico esperado pelo governo estadual. Tanto que o ex-governador Luiz Fernando Pesão, um dos investigados pela Operação Lava-Jato, decidiu repassar a gerência da rodovia para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), autarquia ligada ao Ministério dos Transportes, sob justificativa de que o Rio não tem como arcar com os R$ 19 milhões anuais para realizar a manutenção da estrada.
Uma das mudanças imediatas foi a substituição da responsabilidade pelo policiamento na região. Se a segurança ficava a cargo da Polícia Militar, hoje o patrulhamento ao longo do percurso é feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A insegurança na Rodovia tem sido uma das fortes críticas por parte de motoristas. Em nota, a PRF afirmou que tem feito a vigilância na via.
“A PRF realiza patrulhas regulares no perímetro da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães com viaturas e motos”, divulgou o órgão federal.
Contudo, esta não é a realidade para moradores que residem no entorno da pista. De acordo com Rafael*, ambulante que trabalha vendendo lanches à beira do Arco Metropolitano, são bem raras as passagens da PRF pelo local.
“Eu já vi passando aqui alguns carros da Polícia Rodoviária passando aqui, mas é bem de vez em quando mesmo. A maior parte do tempo fica assim, abandonado”, afirmou o ambulante.
Outra mudança que pode ocorrer com passagem da gestão para o Governo Federal é que assim facilita abrir uma licitação para concessionar a Rodovia. Desde 2018, o DNIT vem estudando a possibilidade de privatizar o Arco Metropolitano. Neste ponto o Arco se igualaria a Via Lagos como rodovia intermunicipal concessionada.