O descaso com o Arco Metropolitano: Construção da Rodovia

BR-493 foi projetada com o intuito de diminuir o fluxo de veículos no município do Rio de Janeiro

Mapa oficial com a extensão total do projeto do Arco Metropolitano. (Foto: Reprodução/DNIT)

Há cerca de cinco anos atrás, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciava a conclusão da primeira etapa das obras da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, mais conhecida como Arco Metropolitano. A BR-493 foi construída para interligar as principais vias expressas do estado do Rio.
Apesar de uma obra relativamente recente, o projeto do Arco Metropolitano vem sendo idealizado desde a década de 1980. Tendo sido iniciadas somente em 2008, durante a administração do governador Sérgio Cabral (MDB).
O objetivo com a construção da estrada, inaugurada em 2014, é interligar as principais vias expressas do estado do Rio de Janeiro, sem a necessidade de utilizar a Avenida Brasil (BR-101). Ao longo dos 145km do projeto, que interligam Itaguaí, na Costa Verde, à Itaboraí, do outro lado da Baía de Guanabara, o Arco possui saídas para as rodovias Rio-Santos, Dutra (BR-106), Washington Luís (BR-040) e Amaral Peixoto (RJ-106), Niterói-Manilha, entre outras.
Com a inauguração do Arco, a expectativa do governo era de que aproximadamente 35 mil veículos, sobretudo caminhões, utilizassem diariamente a Rodovia. Além disso, a pista geraria uma economia de até 20% no valor dos fretes para as empresas, representando um ganho de R$ 1,8 bilhão de reais no PIB do estado.
Hoje, porém, o número de veículos que atravessa o Arco não chega a metade do estimado inicialmente. Segundo dados mais recentes, apenas 15 mil veículos percorrem a Rodovia e, entre os motoristas que fazem uso, a maior parte faz duras críticas a conservação e a segurança no local.

Infográfico sobre Arco Metropolitano Hoje

A prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em Novembro de 2016, e as investigações de superfaturamento da primeira etapa das obras apurada pela Operação Lava-Jato fizeram com que construção do restante do Arco Metropolitano ficasse estagnado.
Atualmente, a administração da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães está a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia ligada ao Ministério dos Transportes, do Governo Federal. Em 2018, o então governador Luiz Fernando Pezão (MDB) abriu mão da gerência do Arco Metropolitano. A justificava era de que o estado do Rio de Janeiro não possui orçamento os R$ 19 milhões por ano para custear a manutenção da estrada.